terça-feira, 16 de dezembro de 2008

DEFICIT EXTERNO


Apenas deixar aqui um indicador, que saiu a semana passada e, que não vi ninguém comentar:



PORTUGAL TEM O 8º MAIOR DEFICIT DO MUNDO, 12% PIB.



Cada um que tire as ilações que quiser, eu já tirei as minhas há muito.

domingo, 14 de dezembro de 2008

Ramalho Ortigão


A República Portuguesa continua dando ao mundo o mais espantoso e inacreditável espectáculo: - existe!
(...)
Evaporada a infantil e burlesca ilusão de que um país pode continuar a viver como vive uma minhoca em postas, uma vez esquartejado nas suas tradições, nas suas crenças, nos seus usos e costumes, na continuidade de sua experiência histórica, governado por um pessoal improvisado pelo favoritismo político, com uma instrução pública de pedantes, uma religião de ateus, uma polícia de sicários, uma maioria parlamentar de ineptos, um ministério de energúmenos, uma burocracia de vagabundos e uma diplomacia de curiosos, da qual só é dado esperar através das chancelarias e dos salões da Europa a mais estercorária pingadeira de gaffe.

Ora a gente tem mais que fazer do que ficar a assistir indefinidamente ao repisamento de uma demonstração feita.

O público está inteirado, e são horas, para que se não extinga de todo a decência nacional, de ir cada um para sua casa tratar honestamente da sua vida.

Façam os governantes outro tanto, e acabem daí com isso por uma vez.

Ramalho Ortigão, in as últimas farpas (1911-1914)

domingo, 7 de dezembro de 2008

O Bajulador


"Sempre medíocre, este funcionário sobrevive à custa dos serviços que presta e do terror que espalha. Linguareiro com os chefes de departamento e de divisão, estuda-os e conquista a sua confiança. Acaba por lhe conhecer os gostos e os caprichos.

Presta-lhes todo o tipo de serviços e conta-lhes, tudo o que se passa nos gabinetes. E se ainda assim continua, apesar do desprezo que inspira é apenas porque é indispensável e conhece demasiados segredos.

E se a esta enorme fraude associarmos um pouquinho de talento ou de ambição, acaba facilmente por ser promovido. Costuma ser dedicado e nem se importa de ser desprezado ou ignorado, suportando as consequências dos seus atrevimentos com tal calma que ninguém compreende, nem de onde lhe vem o poder, nem a resignação.

Acham-no desprezível mas estendem-lhe a mão. Alcunham-no de jesuíta. Denuncia um pouco, espia muito, conta tudo: na verdade, não lhe escapa nada".

HONORÉ BALZAC(1799-1850), in os Funcionários.

sábado, 6 de dezembro de 2008

O IPPAR EXISTE???

O país está cheio de organismos que não funcionam, poderemos até dizer que não existem, ou melhor, apenas existem porque a lei diz que existem, é uma obrigação que decorre da lei.

Um desses organismos é o IPPAR. Tem uma lei orgânica, competências, pessoal, organigrama, etc, mas apenas no papel, porque na realidade trata-se de um daqueles, muitos, organismos que apenas serve para manter o status quo de uns quantos pseudo importantes, e gastar o dinheiro dos nossos impostos nas mordomias dessa rapaziada.

“O Instituto Português do Património Arquitectónico tem como missão a salvaguarda e a valorização de bens materiais imóveis que, pelo seu valor histórico, artístico, científico, social e técnico, integrem o património arquitectónico do País. Este universo abrange todos os bens materiais imóveis de natureza arquitectónica de interesse cultural, classificados segundo as leis em vigor (…)”Decreto-lei n. 120/97 de 16 de Maio.

Belo parágrafo, pena que não corresponda à realidade. Todos nós conhecemos um sem número de casos de património arquitectónico, deste país, que está a cair de podre, sem que os senhores do IPPAR nada façam, e pior ainda, sem que nada deixem fazer para salvar esse património que é de todos nós, e das gerações vindouras.

É obvio que a recuperação do património classificado terá de obedecer a regras, terá de ser feito por pessoas qualificadas, terá de obedecer a critérios arquitectónicos, etc etc.

Agora o que não pode acontecer é existir património a cair de podre, património no qual o IPPAR não intervêm, (pelas mais variadas razões, sendo que a preferida é falta de verba), nem deixa intervir, preferindo pelos vistos que o mesmo desapareça.

Em muitos casos, não precisa o IPPAR de gastar dinheiro algum, há, por exemplo, autarquias disponíveis para suportarem os custos dessas recuperações, precisando apenas que a rapaziada do IPPAR autorize e disponibilize os técnicos necessários para o efeito.

Mas não, nem pensar. O IPPAR é o retrato fiel do pior do funcionalismo público. Para alguém poder intervir no património, precisa de autorização do IPPAR. O IPPAR é que tem o poder para dar essa autorização, e é daí que advém o seu poder. Faz lembrar a famosa frase “ eu é que sou o Presidente da Junta.

O património, esse, não interessa, o que importa é manter as mordomias, o status quo, a quinta e os interesses.

Por favor acabem com esta vergonha. Também aqui, infelizmente, estamos nos lugares cimeiros da Europa... Triste sina a nossa a de apenas estarmos nos lugares cimeiros no mau...

sábado, 22 de novembro de 2008

AS FORÇAS DA MEDIOCRIDADE


Talvez fosse melhor dizer: " as forças pró-mediocridade".

Há o mito de que tudo o que é preciso fazer é expor a nossa visão e provar que está certa, que logo aparecem pessoas a fazer fila para nos apoiar.

Na realidade é precisamente o contrário. A visão mais brilhante e mais genuína sempre teve de se defrontar com muitas resistências. E quando se começa a fazer progressos, pior ainda, maior a oposição. Produtos, serviços, carreira, seja lá o que for, as forças pró - mediocridade alinhar-se-ão para nos impedir de avançar, sem perdão para erros, e sem nunca recuarem até estar tudo acabado.

SETH GODIN, in Tribos, precisamos de um líder


Comentário do Blasé

Eu não sei se ele conhece Portugal..., mas o retrato é fiel!!!

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

CLUBE BILDERBERG


Dando cumprimento ao Artº 37 da Constituição da República Portuguesa( Liberdade de Expressão e Informação), e como tinha prometido, aqui ficam alguns Links onde poderão consultar as listas de participantes nesses encontros secretos, bem como uma reportagem de Daniel Estulin, autor de vários livros, inclusive o tal que cá não existe, ou não deixam que exista, sobre essa camarilha.

Todos têm o direito de saber quem é esta rapaziada. Vejam e descubram os que conhecem, talvez a partir daí consigam perceber várias coisas...

Participantes em 1999

Participantes 2004, Itália


Participantes 2006, Ottawa


Participantes 2008


Reportagem de Daniel Estulin, sobre a camarilha


Blogue(em espanhol) com um pequeno resumo sobre a camarilha, bem interessante.

Por motivos de segurança informática, ao abrirem os links poderá aparecer uma mensagem dizendo que poderá conter vírus, NÃO TEM VÍRUS. Se tivesse o meu PC já tinha explodido.

terça-feira, 18 de novembro de 2008

Clube Bilderberg

A propósito deste temática, ou melhor, desta camarilha, em breve iremos disponibilizar informação no blogue sobre esta rapaziada, a bem do esclarecimento de todos, dando assim cumprimento ao Artº 37 da Constituição da República Portuguesa (liberdade de expressão e informação).
Até já

sábado, 15 de novembro de 2008

LIVRO CENSURADO: A CENSURA VOLTOU!!!




Voltou a Santa inquisição. Voltou o clube da fogueira!!! É verdade.

O Livro de Daniel Estulin " A verdadeira História do Clube Bilderberg" está proibido pelo menos em Portugal, não sei se o mesmo se passa noutros países.

Hoje mesmo, dirigi-me a uma livraria perguntando se tinham o livro, eis qual não foi o meu espanto quando a funcionária me diz: " Está esgotadíssimo e não haverá mais edições, porque quem está o poder sentiu-se ameaçado. Talvez o encontre num alfarrabista."

O que sei é que o livro é um grande sucesso a nível mundial, foi retirado do mercado sendo a venda directa ao público proibida.

Para aguçar o apetite, e perceber-se o porquê da proibição, aqui ficam duas passagens da introdução do livro:

"Neste livro pretendo contar parte da verdade de nosso presente e futuro próximo que ninguém traz a luz. A verdadeira historia do Clube Bilderberg documenta a historia desumana da subjugação da população por parte de seus governantes. O leitor assistirá ao nascimento de um Estado Policial Global que ultrapassa o pior pesadelo do Orwell, com um governo invisível, omnipotente, que toma os fios da sombra, que controla ao governo dos Estados Unidos, à União Europeia, à OMS, às Nações Unidas, ao Banco Mundial, ao Fundo Monetário Internacional e a qualquer outra instituição similar. Tudo esta aqui: a historia do terrorismo promovido pelos governos, o actual controle da população através da manipulação e do medo e, do mais espantoso de tudo, os projectos futuros da Nova Ordem Mundial".

(...)

"Bilderberg, o olho que tudo vê, o Governo Mundial à sombra, decide em uma reunião anual, completamente secreta, como devem levar-se a cabo seus diabólicos projectos. Quando se celebram estas reuniões, indevidamente, seguem-lhes a guerra, a fome, a pobreza, a derrocada dos governos, abruptos; surpreendentes mudanças politicas, sociais e monetárias. Tal regime depende absolutamente da capacidade do Clube para manter a informação silenciada e reprimida. Esse e seu tendão de Aquiles." (Daniel Estulin, 2005)

Por muito que estes Senhores, que enchem a boca com as palavras democracia e liberdade, proíbam as edições e venda directa ao público, há uma coisa que eles não conseguem, que é calar o maravilhoso mundo da INTERNET.

Compete-nos a nós denunciar esta situação, eu por mim, já estou a cumprir a minha parte. Passa a mensagem.

Não foi para isto que muita gente morreu lutando pela liberdade.

Termino com uma citação que vem no livro:

"Uma camarilha formada por alguns dos homens mais ricos, poderosos e influentes do Ocidente que se reúnem secretamente para planejar eventos que depois, simplesmente, acontecem.
The Time (Londres, 1977)

P.S) Muito sinceramente espero não ser incomodado por esta camaradilha!!!!

Para quem quiser saber mais àcerca do autor: http://www.danielestulin.com/

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Sr. Constâncio, por favor, DEMITA-SE


Nos últimos tempos, o país viveu dois problemas ligados ao sector bancário. Primeiro foi o caso Millenium BCP e agora o caso BPN.

Não vamos aqui falar sobre os casos em apreço, se foram cometidas irregularidades ou crimes financeiros, deixamos isso para quem tem essa competência.

Queremos apenas referir-nos ao Banco de Portugal, especialmente ao Sr. Constâncio. Em ambos os casos os Sr. Constâncio nada sabia do que se estava a passar, mas não será ele o Presidente do Banco de Portugal, órgão regulador no sistema financeiro Português?

Como pode o Presidente do Banco de Portugal nada saber? Segundo a imprensa o caso BPN já vem desde 2001/02. Para os menos esclarecidos é só ouvir os jornalistas dizerem “ que toda a gente Sabia do que se passava, até o porteiro”. Que “ vários administradores se demitiram e se recusaram assinar as contas”.

Diz que só soube de alguns factos em Julho/Setembro. O banco central de Cabo Verde vem dizer que avisou em Março de situações menos claras com o Banco Insular, de Cabo Verde.

Pelo que tem vindo na imprensa a relação com o Banco Insular, era de um empréstimo de vários milhões de euros, aliás empréstimo esse que deve estar na informação enviada ao Banco de Portugal, mas ninguém do órgão regulador achou tal facto estranho, e questionou o que significava aquele empréstimo.

E claro, o Sr. Constâncio de nada sabia e, como no caso anterior, foi o último a saber. Faz lembrar aqueles maridos traídos que são sempre os últimos a saber.

O Sr. Constâncio é só um péssimo Presidente do Banco de Portugal, e ainda por cima pago a peso de ouro, com os nossos impostos.

Ao Sr. Constâncio só resta uma saída, assim tenha estatura para isso: “ A DEMISSÃO”.

Termino uma vez mais com as sábias palavras do Professor Adriano Moreira, em 19 de Junho de 1969,que já aqui as escrevi a propósito de outra situação: “ Numa Administração Pública onde a culpa morreu solteira há-de ser fácil encontrar palavras piedosas, mas poucos voluntários para as responsabilidades. Estou à disposição. Não tenho qualquer obstáculo a opor no sentido de assumir todas as responsabilidades e culpas que sejam convenientes para uma solução satisfatória.”


Tão esquecidos que andam os sábios neste país.

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

E A ONU, DROGA-SE?

Diz O BLASÉ
Não pude deixar de publicar este esclarecido artigo da Jornalista Fernanda Câncio sobre questões de Toxicodependência. É pena que não haja mais jornalista, a pensar e a escrever como ela.
Se os Houvesse a situação da toxicodependência, em Portugal, estaria muito melhor. Mas infelizmente, a comunicação social só gosta de publicar o que vende, apesar de não ser o melhor.
Obrigado Fernanda Câncio
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E A ONU, DROGA-SE?
Perguntadas, a maioria das pessoas responderá que uma droga é uma substância proibida que faz mal à saúde. Algumas talvez acrescentem que altera a percepção. A primeira definição - proibida - é porém a mais imediata e assertiva.


E, naturalmente, proibida igual a má. A mesma lógica, aplicada ao contrário, resulta naquilo que esta semana fez parangonas. A saber, o facto de um estudo da Cruz Vermelha portuguesa (CV) sobre o consumo de álcool entre os jovens ter concluído que estes não têm consciência de que o seu consumo faz mal e à pergunta "o álcool é uma droga?" responderem negativamente.

A única coisa espantosa neste estudo é ter espantado alguém. Há 10 anos, foi manchete do DN um inquérito europeu sobre consumo de substâncias estupefacientes e psicotrópicas por estudantes dos 13 aos 15, efectuado sobretudo com o objectivo de aferir do consumo daquelas a que se costuma dar o nome de "drogas", e que evidenciava um brutal consumo de substâncias legais (além do álcool, barbitúricos) face ao diminuto consumo das ilegais.

Especialistas entrevistados falavam de um consumo "toxicómano" do álcool pelos miúdos - a ingestão acelerada, com o objectivo de atingir o estado etilizado. O paradoxo prolongava-se no irrisório investimento no combate ao consumo e à dependência do álcool, um milionésimo do gasto no "combate à droga" - assim permanecendo, 10 anos depois.

Aliás, ainda não se logrou sequer proibir o consumo de álcool a menores de 18 (que não passou à primeira nem à segunda, fixando-se nos 16, e com os efeitos práticos que o estudo da CV dá a ver), nem interditar anúncios a álcool na TV. Em contrapartida, a proposta, em 99, de transformar o consumo de drogas - as tais substâncias proibidas - de crime em contra-ordenação foi o fim do mundo.

A medida acabaria por ser aprovada (vigora desde 2001) mas a discussão sobre as reais diferenças e semelhanças entre o que é comummente considerado "droga" e substâncias legais e aculturadas como o álcool e o tabaco nunca arrancou.

A maioria dos pais ficará em choque se descobrir que o seu rebento adolescente deu uma passa num charro de haxixe mas até acha graça a vê-lo chegar entornado de uma noitada com amigos - especialmente se for rapaz. Pouco importa que o álcool (para não falar do tabaco) tenha uma mortalidade e uma morbilidade associadas infinitamente superiores às do haxixe: se há substâncias proibidas e o álcool não é proibido, não pode ser assim tão mau, certo?

A lógica é inatacável e a irresponsabilidade deve ser assacada a quem há décadas aprovou uma listagem de substâncias proibidas e inventou o conceito circular e estulto de droga como algo que faz mal porque é proibido, invertendo a ordem da prova e diabolizando umas substâncias em benefício de outras.

Mais precisamente, as Nações Unidas (para quem não sabe, a proibição de consumo, produção e venda das substâncias conhecidas como drogas foi decidida em três convenções da ONU, entre 1961 e 1981). Caso para perguntar que droga marada andaram a tomar, e como é que ainda ninguém ficou sóbrio.´

Fernanda Câncio, in DN, 24 Outubro de 2008
fernanda.m.cancio@dn.pt

terça-feira, 21 de outubro de 2008

Quem assim fala não é gago

"A beleza abre muitas portas"

Cláudia Vieira, in notícias magazine, 19- out-08


Comentário do BLASÉ


Eu pensava que era o mérito, o trabalho, o profissionalismo, a competência, etc , etc, mas afinal nada disso interessa, o importante é ter dois palminhos de cara.
Fiquei esclarecido...

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

TENHA VERGONA, SR. MADAIL


o Sr. Madail é uma vergonha para todos nós. É o típico xico esperto que retrata bem aquele velho ditado Português: " quando o barco se começa a afundar, os ratos são os primeiros a saltar fora".


Foi isso que esse Sr. fez ontém. A 7 minutos do fim do jogo decidiu abandonar o estádio. A mim não me surpreende, pois esse Sr. há muito que não deveria ser presidente da FPF.


logo a seguir ao mundial da Coreia e do Japão devia ter-se demitido e ter desaparecido. Mas não. Lá continuou no meio desse jogo de equilíbrios e favores, e mais uma vez teve o comportamento vergonhoso que teve.


Tivesse a selecção ganho e seria o primeiro a falar para a Comunicação Social. Bastará só, que nos lembremos da época scolari, quando a selecção ganhava para nos recordarmos desse personagem, sempre a falar para a Comunicação social.


Mas como diz o povo " é nas grandes tormentas que se vêem as grandes coragens".
E coragem, é coisa que o Sr. Madail há muito demonstrou não ter.

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

VERGONHA



Nunca aqui escrevi sobre futebol, e motivos não faltaram para escrever. Todavia hoje não pude ficar sem escrever.

Não, não vou pronunciar-me sobre o resultado do Portugal - Albánia, não me vou pronunciar sobre a exibição, até porque não sou daqueles que ache que somos melhores que os outros.

Apenas me quero pronunciar acerca da vergonha que se passou no final do jogo. Não duvido que todos os Portugueses estivessem à espera de uma vitória, o que não veio a acontecer.

O que é inadmissível é que ninguem no final do jogo tenha ido ao Flash interview dar uma explicação, dar a cara pelo que se passou, mas não, ninguém apareceu. Tivessemos ganho e não faltariam candidatos ao flash interview.

Mas para dar a cara nos maus momentos é preciso ter estatura humana e moral para isso, e isso é o que esta selecção ( e responsáveis) não têm.

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

o "Profeta Louçã"


O líder do Bloco de Esquerda está contra a medida governamental de apresentar uma garantia de 20 mil milhões de euros às operações de financiamento dos bancos que operam em Portugal. Francisco Louçã afirma que desconfia de todas as medidas que ajudem os bancos, e diz que devem ser os proprietários dos bancos a serem responsabilizados pelos seus problemas de liquidez e não os contribuintes portugueses.


Comentário do BLASÉ


Para além dessas declarações o "profeta Louça", ja tinha proferido outras contra o empréstimo de 200 milhões da Caixa Geral de Depositos ao BPN, levantando suspeitas, ao seu melhor estilo, sobre tudo e sobre todos.

Numa altura em que vivemos uma gravíssima crise financeira, era de esperar da parte de quem tem reponsabilidades, alguma decência, mas pelos vistos não. Tudo se faz a troco de uns votinhos.

Sem dúvida que ao "profeta" dava muito jeito que a situação piorasse, que os bancos falissem, que o país entrasse em bancarrota, para aparecer com aquela voz de sacristão (sem querer ofender que é sacristão), a proferir aquelas demagogias proprias dos extremistas, para ver se ganhava mais uns votos.

O pior que se pode fazer num momento destes é proferir declarações, como faz o "profeta", que possam gerar pânico nos mercados, e ainda é pior serem proferidas pelo "profeta", pois como economista, saberá melhor que muitos o que isso pode gerar.

É esse pânico que ele quer gerar, para aparecer como uma espécie de salvador. Típico dos extremistas!!! Necessário para a sua sobrevivência.

Desde que ouvi esse partido defender que Portugal devia seguir o modelo de desencolvimento da Albânia, fiquei mais que esclarecido, eu e qualquer mortal.

Por curiosidade fui consultar os Indicadores de Desencolvimeto Humano da ONU, numa listagem de 185 países, Portugal ocupa o 29º Lugar. A Albânia de que o "profeta" tanto gosta, e até deveríamos copiar ocupa o 68º lugar.
Por mim estou mais que esclarecido, espero que a população portuguesa também!!!

domingo, 5 de outubro de 2008

Portugal visto de Espanha. AS VERDADES OCULTAS EM PORTUGAL



O texto que se segue foi-me enviado por um amigo. Achei que seri útil coloca-lo no blogue para que o pudessem ler, é um pouco longo, mas vale a pena.


Esta é a triste realidade do nosso país, é assim que somos vistos la fora. E há quem, cá dentro, o confirme!!!

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LISBOA, 21 sep (IPS) - Indicadores económicos y sociales periodicamente divulgados por la Unión Europea (UE) colocan a Portugal en niveles depobreza e injusticia social inadmisibles para un país que integra desde 1986el 'club de los ricos' del continente.

Pero el golpe de gracia lo dio la evaluación de la Organización para laCooperación y el Desarrollo Económicos (OCDE): en los próximos años Portugalse distanciará aún más de los países avanzados.

La productividad más baja de la UE, la escasa innovación y vitalidad del sector empresarial, educación y formación profesional deficientes, mal uso de fondos públicos, con gastos excesivos y resultados magros son los datos señalados por el informe anual sobre Portugal de la OCDE, que reúne a 30 países industriales.

A diferencia de España, Grecia e Irlanda (que hicieron también parte del 'grupo de los pobres' de la UE), Portugal no supo aprovechar para su desarrollo los cuantiosos fondos comunitarios que fluyeron sin cesar desde Bruselas durante casi dos décadas, coinciden analistas políticos yeconómicos.

En 1986, Madrid y Lisboa ingresaron a la entonces Comunidad Económica Europea con índices similares de desarrollo relativo, y sólo una década atrás, Portugal ocupaba un lugar superior al de Grecia e Irlanda en el ranking de la UE. Pero en 2001, fue cómodamente superado por esos dos países, mientras España ya se ubica a poca distancia del promedio delbloque.

'La convergencia de la economía portuguesa con las más avanzadas de la OCE pareció detenerse en los últimos años, dejando una brecha significativa en los ingresos por persona', afirma la organización.

En el sector privado, 'los bienes de capital no siempre se utilizan o se ubican con eficacia y las nuevas tecnologías no son rápidamente adoptadas', afirma la OCDE.

'La fuerza laboral portuguesa cuenta con menos educación formal que los trabajadores de otros países de la UE, inclusive los de los nuevos miembros de Europa central y oriental', señala el documento.

Todos los análisis sobre las cifras invertidas coinciden en que el problema central no está en los montos, sino en los métodos para distribuirlos.

Portugal gasta más que la gran mayoría de los países de la UE en remuneración de empleados públicos respecto de su producto interno bruto, pero no logra mejorar significativamente la calidad y eficiencia de los servicios.

Con más profesores por cantidad de alumnos que la mayor parte de los miembros de la OCDE, tampoco consigue dar una educación y formación profesional competitivas con el resto de los países industrializados. En los últimos 18 años, Portugal fue el país que recibió más beneficios por habitante en asistencia comunitaria. Sin embargo, tras nueve años de acercarse a los niveles de la UE, en 1995 comenzó a caer y las perspectivas hoy indican mayor distancia.

Dónde fueron a parar los fondos comunitarios?, es la pregunta insistente en debates televisados y en columnas de opinión de los principales periódicos del país. La respuesta más frecuente es que el dinero engordó la billetera de quienes ya tenían más.

Los números indican que Portugal es el país de la UE con mayor desigualdad social y con los salarios mínimos y medios más bajos del bloque, al menos hasta el 1 de mayo, cuando éste se amplió de 15 a 25 naciones.

También es el país del bloque en el que los administradores de empresas públicas tienen los sueldos más altos.

El argumento más frecuente de los ejecutivos indica que 'el mercado decide los salarios'. Consultado por IPS, el ex ministro de Obras Públicas (1995-2002) y actual diputado socialistaJoão Cravinho desmintió esta teoría. 'Son los propios administradores quienes fijan sus salarios, cargando las culpas al mercado', dijo.

En las empresas privadas con participación estatal o en las estatales com accionistas minoritarios privados, 'los ejecutivos fijan sus sueldos astronómicos (algunos llegan a los 90.000 dólares mensuales, incluyendo bonos y regalías) con la complicidad de los accionistas de referencia', explicó Cravinho.

Estos mismos grandes accionistas, 'son a la vez altos ejecutivos, y todo este sistema, en el fondo, es en desmedro del pequeño accionista, que ve como una gruesa tajada de los lucros va a parar a cuentas bancarias de los directivos', lamentó el ex ministro.

La crisis económica que estancó el crecimiento portugués en los últimos dos años 'está siendo pagada por las clases menos favorecidas', dijo.

sta situación de desigualdad aflora cada día con los ejemplos más variados. El último es el de la crisis del sector automotriz.

Los comerciantes se quejan de una caída de casi 20 por ciento en las ventas de automóviles de baja cilindrada, con precios de entre 15.000 y 20.000 dólares.

Pero los representantes de marcas de lujo como Ferrari, Porsche, Lamborghini, Maserati y Lotus (vehículos que valen más de 200.000 dólares), lamentan no dar abasto a todos los pedidos, ante un aumento de 36 por ciento en la demanda. Estudios sobre la tradicional industria textil lusa, que fue una de las más modernas y de más calidad del mundo, demuestran su estancamiento, pues sus empresarios no realizaron los necesarios ajustespara actualizarla.

Pero la zona norte donde se concentra el sector textil, tiene más autos Ferrari por metro cuadrado que Italia.

Un ejecutivo español de la informática, Javier Felipe, dijo a IPS que según su experiencia con empresarios portugueses, éstos 'están más interesados en la imagen que proyectan que en el resultado de su trabajo'.

Para muchos 'es más importante el automóvil que conducen, el tipo de tarjeta de crédito que pueden lucir al pagar una cuenta o el modelo del telefono celular, que la eficiencia de su gestión', dijo Felipe, aclarando que hay excepciones.

Todo esto va modelando una mentalidad que, a fin de cuentas, afecta al desarrollo de un país', opinó.

La evasión fiscal impune es otro aspecto que ha castrado inversiones del sector público con potenciales efectos positivos en la superación de la crisis económica y el desempleo, que este año llegó a 7,3 por ciento de la población económicamente activa.

Los únicos contribuyentes a cabalidad de las arcas del Estado son los trabajadores contratados, que descuentan en la fuente laboral. En los últimos dos años, el gobierno decidió cargar la mano fiscal sobre esas cabezas, manteniendo situaciones 'obscenas' y 'escandalosas', según el economista y comentarista de televisión Antonio Pérez Metello.

'En lugar de anunciar progresos en la recuperación de los impuestos de aquellos que continúan riéndose en la cara del fisco, el gobierno (conservador)decide sacar una tajada aun mayor de esos que ya pagan lo que es debido, y deja incólume la nebulosa de los fugitivos fiscales, sincoherencia ideológica, sin visión de futuro', criticó Metello.

La prueba está explicada en una columna de opinión de José Vitor Malheiros, aparecida este martes en el diario Público de Lisboa, que fustiga la falta de honestidad en la declaración de impuestos de los lamados profesionales liberales.

Según esos documentos entregados al fisco, médicos y dentistas declararons), los arquitectos d ingresos anuales promedio de 17.680 euros (21.750 dólares), los abogados de 10.864 (13.365 dólaree 9.277 (11.410 dólares) y los ingenieros de 8.382 (10.310 dólares).

Estos números indican que por cada seis euros que pagan al fisco, 'le roban nueve a la comunidad', pues estos profesionales no dependientes deberían contribuir con15 por ciento del total del impuesto al ingreso por trabajo singular y sólo tributan seis por ciento, dijo Malheiros.

Con la devolución de impuestos al cerrar un ejercicio fiscal, éstos 'roban más de lo que pagan, como si un carnicero nos vendiese 400 gramos de bife y nos hiciese pagar un kilogramo, y existen 180.000 de estos profesionales liberales que, en promedio, nos roban 600 gramos por kilo', comentó com sarcasmo.

Si un país 'permite que un profesional liberal con dos casas y dos automóviles de lujo declare ingresos de 600 euros (738 dólares) por mes, año tras año, sin ser cuestionado en lo más mínimo por el fisco, y encima recibe un subsidio del Estado para ayudar a pagar el colegio privado de sus hijos, significa que el sistema no tiene ninguna moralidad', sentenció.

domingo, 28 de setembro de 2008

Maternidades na Beira Interior e na periferia de Lisboa têm de encerrar, diz especialista


O presidente do colégio da especialidade de Ginecologia/Obstetrícia da ordem dos medicos (OM), Luís Graça, defende que é necessário encerrar mais blocos de parto nos hospitais públicos para que a reforma preconizada para esta área fique concluída. "O trabalho não está completo", frisou o director do serviço de obstetrícia do Hospital de Santa Maria (Lisboa), numa reunião de especialistas de saúde Materna, na Maia.

in, Público, 27 Setembro de 2008

Comentário do Blasé

Mais uma vez um iluminado a falar. É à conta de iluminados como este que o país se encontra na situação em que se encontra. (seguindo o velho ditado "uma imagem vale mais que 1000 palavras", a imagem que pusemos e bem elucidativa)

Mas pior ainda, são os iluminados dos políticos, já que é de decisões políticas que estamos a falar, ou seja, a decisão final é sempre uma decisão política.

Os políticos quando têm tomar decisões sobre estas matérias, toca de seguir o que as comissões de peritos decidiram, por duas ordens de razões:

a) Porque não têm qualquer ideia sobre as matérias em questão;

b) Porque assim a responsabilidade nunca será deles, na velha tradição portuguesa, de que a culpa morre solteira!!!

É estranho que em Portugal, as grandes decisões que afectam a vida das pessoas, sejam tomadas por engenheiros, economistas, médicos, advogados, e não apareçam as pessoas das ciências sociais, ou seja, os sociólogos, antropólogos, politicos sociais, demógrafos, etc.

É de pessoas que estamos a falar, certo?!!!

PARABENS VANESSA FERNANDES


Vanessa Fernandes revalidou, dia 27 Setembro 2008,o título de campeã mundial de duatlo, ao dominar totalmente os Mundiais disputados em Rimini, Itália.

Parabens Vanessa por mais esta vitória, e por contribuir para melhorar, um pouco, a auto estima do povo Português, que tão em baixo tem andado.

domingo, 21 de setembro de 2008

ANTÓNIO JOSÉ SEGURO

Como Grande parte dos Portugueses conhecia, o António José Seguro, como secretário-geral da Juventude socialista, como Deputado, como Deputado Europeu, como Ministro.

Não conhecia o pensamento do cidadão António José Seguro. Tive a oportunidade de na quarta-feira, 17 de Setembro de assistir a uma conferência do António José Seguro, na galeria Matos Ferreira. Gostei do que ouvi.

Se ideologicamente podemos estar em lados opostos, no campo dos princípios e da ética política estamos totalmente de acordo.

Para quem é crítico dos políticos, do funcionamento do sistema político, ouvir o António José Seguro, é uma lufada de ar fresco, e dá-nos alguma esperança no futuro.

Depois do que ouvi, percebi o porquê do António José Seguro, com o seu Curriculum, estar, hoje em dia, na prateleira.

Penso que o que melhor explica essa situação são as palavras de José Marti, “A liberdade custa muito caro e temos ou de nos resignarmos a viver sem ela ou de nos decidirmos a pagar o seu preço”.

Sem dúvida que o António José Seguro, decidiu pagar o preço da sua liberdade.

Na minha singela opinião, ainda bem que o fez, nada melhor que sermos livres e podermos dizer, livremente, aquilo que pensamos independentemente do preço que tenhamos de pagar por essa liberdade.

"PRENDER MENOS FOI UMA OPÇÃO POLÍTICA"

Alberto Costa
Ministro da Justiça
Correio da Manhã, 21 setembro de 2008



Comentário do Blasé


E dizia-se que o Governo estava irritado com a brandura dos juizes...!, Os Portugueses é que deveriam estar irritados com os disparates deste Governo, e deste Pseudo Ministro, em matéria de justiça.

Afinal havia outra..., outra verdade! E a verdade é que não são os juizes que são brandos, foi o Governos que decidiu, politicamente, que se devia prender menos.

Ao Governo, e ao Pseudo Ministro, só resta assumir as suas responsabilidades nesta matéria e não porem a culpa em quem não a tem, os juizes.. até porque mentir é feio...

domingo, 31 de agosto de 2008

GOVERNO IRRITADO COM BRANDURA DOS JUIZES (Expresso 30 Agosto 2008)



Perante esta noticia não sei se ria, se chore ou se me mande para o chão.

Veio-me à memória uma frase de Eça de Queiroz -“O pais perdeu a inteligência e a consciência moral”.

É a mais pura das verdades, e eu acrescentaria ainda: Perdeu também a vergonha.

É preciso, este Governo, não ter vergonha alguma, e sofrer de muita ignorância, para vir queixar-se da brandura dos juízes.

É preciso o Governo não ter vergonha alguma, pois pelos vistos já esqueceu de quem é a autoria do Código Penal e do Código de processo penal – Nós esclarecemos:

A autoria é deste Governo, a Unidade de Missão para a Reforma Penal foi coordenada pelo Mestre Rui Carlos Pereira. Sabem quem é… ele mesmo, a actual Ministro da Administração Interna.

É preciso este Governo sofrer de muita ignorância, pelos vistos não sabe de quem é a competência legislativa, não é certamente dos juízes, estes apenas se limitam a cumprir e a aplicar leis que alguém faz.

Por acaso é pena que não sejam os juizes a fazer as leis... mas isso não daria jeito a muita gente... se calhar a alguns dos que agora se queixam da sua brandura...

Se fossem os juizes a fazer a leis ve-los-iamos a queixarem-se do contrário!!! Porque seria!!!!!

Ao Governo só resta uma solução: Admitir que a reforma que fez, foi mal feita, que não serve, e recuar, ou seja, alterá-la.

Mas pelos vistos o Governo não tem humildade para isso.

Infelizmente vamos continuar a ser Governados por esta rapaziada… triste sorte a nossa…

sexta-feira, 22 de agosto de 2008

ANA CAROLINA E SEU JORGE - É ISSO AI

O PAÍS - PETER PAN -


Agora que os jogos olímpicos estão a terminar, façamos um pequeno balanço e analise do que se passou em relação à comitiva portuguesa.

As expectativas da comitiva portuguesa eram altas, era a maior delegação de sempre, e a mais cara de sempre, 15 milhões de euros;

O Comité Olímpico de Português assinou contrato programa com o Governo que apontava para 4 medalhas e 60 pontos;

Resultados: Portugal vai ficar muito longe dos objectivos que fixou, apenas conquistou 2 medalhas.

Mas como se isto não bastasse ainda fomos presenteados, pelo meio, com declarações hilariantes de alguns dos nossos representantes;

Marco Fortes, declarou à imprensa portuguesa: "Eu já me convenci que, de manhã, no meu caso, só é bom para ficar na caminha.”

Jessica Augusto, revelou que não iria participar nos 5000 mil metros dizendo “nada vale a pena, dada a forte concorrência africana”

Arnaldo Abrantes, justificou a sua eliminação nos 200 metros “porque ficou bloqueado quando viu o estádio olímpico cheio”

Vânia silva, eliminada no lançamento do Martelo disse: “ Não sou muito dada a este tipo de competições”

Perante tudo isto, o presidente do Comité Olímpico Português, Vicente Moura, assumiu que não se recandidataria ao cargo, afirmando que “ a culpa não pode morrer solteira

«É preciso assumir as responsabilidades que estão escritas numa carta que enviei ao governo. O governo cumpriu e ao cumprir não tenho críticas a fazer. Se não tenho críticas a fazer, tenho que assumir as responsabilidades». Declarações de Vicente Moura.

Mas, neste país que teima em não crescer, o que hoje é verdade amanhã é mentira, e Vicente Moura, após a medalha de Ouro de Nelson Évora, dá o dito pelo não dito e admite recandidatar-se novamente ao cargo de presidente do COP.

Pelos vistos a culpa vai mesmo morrer solteira na boa tradição portuguesa.

Recordo para terminar palavras proferidas pelo Professor Adriano Moreira, em 19 de Junho de 1969, numa Assembleia Geral de Alunos “ Numa Administração Pública onde a culpa morreu solteira há-de ser fácil encontrar palavras piedosas, mas poucos voluntários para as responsabilidades. Estou à disposição. Não tenho qualquer obstáculo a opor no sentido de assumir todas as responsabilidades e culpas que sejam convenientes para uma solução satisfatória.”


Estas palavras foram proferidas a 19 de Junho de 1969. No dia 22, sem qualquer aviso prévio, o Professor Adriano Moreira, foi demitido.


Recomendamos a Leitura ao Presidente do COP, Vicente Moura, e a muitas mais pessoas com responsabilidades neste país, talvez deixe de ser PETER PAN!!!!

segunda-feira, 18 de agosto de 2008

Fábrica de Cocaína



ESPECIALMENTE PARA OS ROMÂNTICOS DAS QUESTÕES DA TOXICODEPENDÊNCIA...

domingo, 10 de agosto de 2008

As melhores frases e gafes de 2007 - POLÍTICA



PORQUE RIR FAZ BEM...

sábado, 9 de agosto de 2008

Roberto Carlos - As Baleias



Cenas tão comoventes quanto a letra da musica de Roberto Carlos. Uma reflexão sobre a estupidez humana. Ouça, veja e entenda porque às vezes a natureza nos manda um recado.

quarta-feira, 30 de julho de 2008

1867??????



DAS DUAS TRÊS:


Ou isto foi escrito ontém e alguém por graça, fez uma montagem, e pôs 1867;


Ou em 141 anos nada, mesmo nada, mudou neste país...
Cada qual tirará as suas ilações...

domingo, 27 de julho de 2008

Funcionamento dos partidos políticos

" O actual espectro político partidário não representa rigorosamente nada, porque não dá respostas concretas a nível de nada."

Paulo Soares, ex dirigente do CDS/PP, o qual, recentemente, se desfilou do partido.

Comentário do BLASÉ

Ele lá sabe do que fala, pois foi dirigente partidário até há pouco tempo.

Eu de isoterismo não percebo mesmo nada. Limito-me a constatar factos!!!

HÁ "FACTOS ANÓMALOS" NA LEI CONTRA A CORRUPÇÃO, DENUNCIA CRAVINHO!!!


Mais uma entrevista de João Cravinho, deste vez ao "Diga Lá, Excelência"(Público, Radio Renascença), e mais denuncias relativas à corrupção em portugal.

Justiça lhe seja feita pela coerencia que tem mantido relativamente a esta problemática, que vem desde, pelo menos, as denuncias que fez à antiga JAE.

Não sei se tem razão ou não, mas o último relatorio do Banco de Portugal sobre a matéria, da-lhe alguma razão.

Deixamos apenas duas passagem da entrevista.

Que avaliação faz da corrupção em Portugal?

(...)
" Mas, na grande corrupção de Estado, toda a gente tem a sensação que estamos numa situação muito complicada e em crescendo."

porquê?

"Porque a grande corrupção considera-se impune e age em conformidade e atinge áreas de funcionamento do estado, que afectam a ética pública:"

terça-feira, 22 de julho de 2008

JUVENTUDE SOCIALISTA NO SEU MELHOR!!!!


Decorreu no fim-de-semana, de 18, 19 e 20 de Julho, o XVI Congresso Nacional da Juventude Socialista, que tinha como um dos pontos da ordem de trabalhos, a eleição de um novo líder da J.S.


Decorreu o congresso numa altura em que estamos a viver uma das maiores crises de sempre, que se tem traduzido em aumentos do preço do petróleo, para níveis nunca vistos, aumento dos cereais, aumento dos bens essenciais, endividamento excessivo, quer das famílias quer dos bancos e empresas, aumento de casos de pobreza, etc, etc, etc.


Perante este cenário que a todos deve preocupar, muito mais a quem tem responsabilidades políticas, os 4 (quatro) grandes temas e soluções que a J.S tem para apresentar aos portugueses, especialmente aos jovens são os seguintes:

a) Casamento entre homossexuais;
b) Adopção de crianças por casais homossexuais;
c) Eutanásia;
d) Regularização da prostituição;

Ninguém terá a mínima dúvida que são estes os grandes temas que irão contribuir para o fim da crise, para a resolução dos problemas das pessoas e para que as pessoas passem a viver melhor…

Depois não se admirem que, cada vez mais, haja quem defenda o fim das Juventudes Partidárias… e se calhar com razão!!!


P.S) Nada tenho contra a discussão e debate destas matérias, só que, como tudo na vida, tem de haver prioridades, e na minha humilde opinião, não creio que essas sejam prioridades actuais.

Como já dizia Eça de Queiroz:

“Nestes estados de civilização, ruidosos e ocos, tudo deriva da vaidade, tudo tende à vaidade. E a forma nova de vaidade para o civilizado consiste em ter o seu rico nome impresso no jornal, a sua rica pessoa comentada no jornal! «Vir no jornal» eis hoje a impaciente aspiração e a recompensa suprema.
(…)
Nas nossas democracias a ânsia da maioria dos mortais é alcançar em sete linhas o louvor do jornal”.

In, Correspondência de Fradique Mendes


Também seria importante que a Comunicação Social mudasse a sua atitude, e deixasse de dar as tais linhas a quem só diz banalidades, talvez as coisas melhorassem, e muito, se houvesse a coragem para por como título: " J.S sem qualquer ideia para o País e para os jovens Portugueses"

Assumamos todos as nossas responsabilidades.

domingo, 13 de julho de 2008

HÁ COISAS QUE NÃO MERECEM COMENTÁRIOS


imagem: www.lpfp.pt



Há muito que o "indisnato" não produzia tão radiosa ideia. Assim vale a pena. Com gente desta o País tem futuro, temos de acreditar e confiar.


Aliás, como Portugal não tem qualquer tipo de problema com alcoolismo, só não percebia porque estava a demorar tanto a surgir, ou melhor a expandir-se o negócio, porque já andava pelas selecções, pela taça Carlsberg, a tal taça da liga, dos mesmos que agora assinaram este contrato para a Liga Sagres!!!.


Aliás cada vez concordo mais com a lei anti tabaco deste Governo, se não vejamos algumas consequências nefastas do tabaco:


Acidentes Rodoviários por excesso de tabaco no sangue;


O abuso e a negligência infantil;


A violência contra as mulheres e a violência doméstica;


O desemprego e a exclusão social;


O insucesso escolar;


Acidentes de trabalho;


Homicídios e suícidios;


Taxa de mortalidade precoce e distorcida;


Etc, etc, etc

Claro que fumar é que fazia mal, e ainda bem que se proibiu!!! Nem sei como agradecer ao Governo, e ao Director Geral de Saúde. Ainda bem que já não andam pessoas com excesso de tabaco nas ruas, sinto-me muito mais seguro!!!



Já agora, poderiam ter como premio para o melhor jogador de cada jogo, umas sopas de cavalo cansado, com a respectiva publicidade,claro, até porque é produto tradicional...

Quem sabe se um dia não voltaremos a abordar este tema!!!

sexta-feira, 4 de julho de 2008

Belissima Interrogação

Alguma vez conheceu alguém que estivesse numa posição de poder, mas por quem você não sentisse respeito?

quarta-feira, 25 de junho de 2008

Reflexões Universitárias


Nos meus tempos de faculdade, eu e um grupo de amigos, todos com gosto pelas cidades, tínhamos grandes conversas sobre os aspectos da vida social, a dicotomia vida urbana/vida rural, a passagem da solidariedade mecânica para uma solidariedade orgânica (para utilizar a expressão de Durkheim), sobre se na cidade também existiria vida comunitária ou não, etc etc



Certo dia, um elemento do grupo terminou uma dessas conversa propondo-nos a seguinte reflexão:



Será que existiria uma sociedade fundada nas seguintes características:


Uma sociedade onde não se pode ser diferente;


Uma sociedade onde pensar e dizer o que se pensa é crime lesa pátria;


Uma sociedade onde quem pensa é excluído porque faz sombras aos pseudo iluminados;


Uma sociedade que se dá a luxo de prescindir dos melhores;


Uma sociedade de YES MEN;


Uma sociedade que vive de expedientes, de jeitinhos, de cambalhotas, de esquemas, maledicência, envenenamentos sucessivos;


Uma sociedade onde as pessoas adquirem inteligência pelo cargo que ocupam;


Uma sociedade onde a meritocracia não conta, uma sociedade de amigos de compadrios;


Uma sociedade onde o instinto de sobrevivência levará as pessoas a fazerem tudo, a renunciarem a todos os princípios, a entregarem a cabeça dos amigos em salvas de prata, para manterem os lugarezitos, pois só assim os manterão;


Uma sociedade fundada na mentira onde não se possa confiar em praticamente ninguém, a sociedade da desilusão, onde as pessoas nos desiludem a todo o momento;


Uma sociedade onde a competência, seriedade, lealdade, trabalho, nada contam, antes pelo contrário.


Uma sociedade de fachada, de faz de conta, de máscaras, que escondem o que as pessoas são;


Uma sociedade que emprenha pelos ouvidos;
Etc, etc


Tudo isto veio a propósito de uma conversa, que tive, com uma amiga, que me contou algumas coisas que não sabia, nem imaginava.


Gostava de voltar a conversar com esse meu colega de faculdade para saber o resultado da sua própria reflexão...

quinta-feira, 19 de junho de 2008

Assembleia Municipal aprova moção de censura a Sá Fernandes


A Assembleia Municipal de Lisboa (AML) aprovou hoje uma moção de censura do PSD ao vereador dos Espaços Verdes na Câmara de Lisboa, Sá Fernandes, exortando o presidente da Câmara, António Costa (PS), a retirar-lhe o pelouro.


Em causa está a iniciativa comercial que tem decorrido na Praça das Flores, com o encerramento do espaço ao público a determinadas horas, e que terá como contrapartida a reabilitação do jardim daquele local.


A moção, subscrita pelo deputado municipal social-democrata Vítor Gonçalves, foi aprovada com os votos favoráveis do PSD, em maioria absoluta na AML, e do CDS-PP, as abstenções do PCP e PEV e os votos contra do PS e Bloco de Esquerda.


A aprovação desta moção não tem consequências práticas, já que a AML não tem poderes executivos.


Na moção, Vítor Gonçalves acusou o vereador eleito pelo Bloco de Esquerda de «alugar’ os jardins públicos mais emblemáticos da cidade de Lisboa, privando os cidadãos do seu usufruto».


O deputado municipal do PSD contestou a cedência da Praça das Flores durante 17 dias «guardada com grande aparato policial, a uma marca de automóveis, a Skoda, para esta realizar apresentações do seu novo modelo e várias festas nocturnas, vedando-a a transeuntes, população do bairro, turistas, prejudicando o comércio e incomodando todos os moradores com o barulho das festas, o que provocou um sentimento de revolta pela privatização do espaço público».
Lusa/SOL, 17 Junho de 2008


Comentários do BLASÉ


Tinha feito uma pausa nos escritos do blogue, todavia não podia deixar de comentar esta notícia, até porque são áreas que gosto e que acompanho com interesse pessoal e académico.


Ao ler a referida notícia só me veio à cabeça uma expressão do Dr. Alberto João Jardim: " Tá tudo grosso ou quê".


Apresentar e aprovar uma moção de censura ao vereador dos espaços verdes da CML, exortando ao Presidente de câmara que lhe retire o pelouro, porque o vereador cedeu/alugou, o que lhe quiserem chamar, o jardim da Praça das Flores durante 17 dias à marca de automóveis Skoda para esta realizar apresentações do seu novo modelo e várias festas nocturnas (...) o que provocou no Sr. Deputado Municipal um sentimento de revolta pela privatização do espaço público, é digno de argumento para ganhar o Óscar de melhor comédia do ano.

Por mero acaso, dias antes de se iniciarem as festas e apresentações da Skoda, passei pela praça das flores onde me deparei com aquele aparato de montagem e tive oportunidade de falar com a organização do evento, que me explicou do que se tratava. Confesso que considerei e considero uma excelente ideia.


Convinha que quem apresentou a moção de censura soubesse:

Foram distribuídos convites aos residentes da praça das flores;

Pelo cedência do espaço, graças à Skoda, aquele jardim foi recuperado. Sim senhor deputado aquele jardim, como todos os outros jardins de Lisboa, como se costuma dizer na gíria metem nojo aos cães. É pena que não haja mais Skodas a utilizarem os restantes jardins de Lisboa para assim ficarem recuperados, já que a Câmara Municipal nada faz. Era sobre a degradação dos jardins que se deveria preocupar.

Graças à iniciativa da Skoda, muitos dos residentes podem ter acesso a espectáculos culturais, já que o município não lhes proporciona essa oportunidade, como foi, por exemplo, a noite de fados que decorreu na rua e a que todos poderam assistir;

Quanto aos prejuízos do comércio, confesso que não se percebe como chega a essa brilhante conclusão,umas vez que lá estão mais pessoas, ou seja, mais consumidores, como tive a oportunidade de testemunhar quando lá estive numa das esplanadas a tomar café. Mais consumidores significará mais consumo e não menos...

Mas estas iniciativas contribuem, também, para a divulgação da imagem de Lisboa e para a promoção turística. Na produção dos espectáculos estão vários estrangeiros, como constatei, que se calhar foi a primeira vez que vieram a Lisboa.

Talvez para alguns deputados municipais a promoção turística de Lisboa não seja importante. É que isto implica sair das fronteiras do território, e o que eles gostam é dos assuntos que estão ao seu alcance, das questões locais, questões vicinais.

Estamos perante um conceito de marketing/publicidade utilizado em todos os países, é claro que Lisboa poderá ficar, orgulhosamente só, fora deste nova estratégia de marketing.

Finalmente, tal iniciativa provocou no Senhor Deputado um sentimento de revolta pela privatização do espaço público. Haja paciência.

Privatização do espaço público é aquilo que há muito a autarquia faz e permite, - e onde alguns deputados municipais tem responsabilidades, visto já terem sido vereadores: - CONSTRUÇÃO DE CONDOMÍNIOS FECHADOS, que proliferam como cogumelos, e para os quais não se encontra justificação alguma, e que a sua finalidade, nas palavras de Zygmunt Bauman, não é outra se não "dividir, segregar e excluir, e de modo algum, a de construir pontes, acessos e lugares de encontro que facilitem a comunicação e aproximem os habitantes da cidade."

Senhor Deputado, era bom que se preocupasse com coisas realmente sérias e importentes porque foi para isso que os Lisboetas o elegeram, certo!!!

E mais não escrevo porque não dou aulas de borla!!!

domingo, 15 de junho de 2008

ANIVERSÁRIO



No tempo em que festejavam o dia dos meus anos,

Eu era feliz e ninguém estava morto.

Na casa antiga, até eu fazer anos era uma tradição de há séculos,

E a alegria de todos, e a minha, estava certa com uma religião qualquer.



No tempo em que festejavam o dia dos meus anos,

Eu tinha a grande saúde de não perceber coisa nenhuma,

De ser inteligente para entre a família,

E de não ter as esperanças que os outros tinham por mim.

Quando vim a ter esperanças, já não sabia ter esperanças.

Quando vim a.olhar para a vida, perdera o sentido da vida.



Sim, o que fui de suposto a mim-mesmo,

O que fui de coração e parentesco.

O que fui de serões de meia-província,

O que fui de amarem-me e eu ser menino,

O que fui — ai, meu Deus!, o que só hoje sei que fui...

A que distância!...

(Nem o acho... )

O tempo em que festejavam o dia dos meus anos!



O que eu sou hoje é como a umidade no corredor do fim da casa,

Pondo grelado nas paredes...

O que eu sou hoje (e a casa dos que me amaram treme através das minhas lágrimas),

O que eu sou hoje é terem vendido a casa,

É terem morrido todos,

É estar eu sobrevivente a mim-mesmo como um fósforo frio



No tempo em que festejavam o dia dos meus anos ...

Que meu amor, como uma pessoa, esse tempo!

Desejo físico da alma de se encontrar ali outra vez,

Por uma viagem metafísica e carnal,

Com uma dualidade de eu para mim...

Comer o passado como pão de fome, sem tempo de manteiga nos dentes!



Vejo tudo outra vez com uma nitidez que me cega para o que há aqui...

A mesa posta com mais lugares, com melhores desenhos na loiça, com mais copos,

O aparador com muitas coisas — doces, frutas, o resto na sombra debaixo do alçado,

As tias velhas, os primos diferentes, e tudo era por minha causa,

No tempo em que festejavam o dia dos meus anos. . .



Pára, meu coração!

Não penses! Deixa o pensar na cabeça!

Ó meu Deus, meu Deus, meu Deus!

Hoje já não faço anos.

Duro.

Somam-se-me dias.

Serei velho quando o for.

Mais nada.

Raiva de não ter trazido o passado roubado na algibeira! ...

O tempo em que festejavam o dia dos meus anos!...

Álvaro de Campos

PARABÉNS FERNANDO PESSOA


Fernando Pessoa, um dos expoente máximos do modernismo no século XX, considerava-se a si mesmo um «nacionalista místico».

Nasceu, Fernando António Nogueira Pessoa, em Lisboa, no dia 13 de Junho de 1888, filho de Maria Madalena Pinheiro Nogueira e de Joaquim de Seabra Pessoa.

Fernando Pessoa morre a 30 de Novembro de 1935, de uma grave crise hepática induzida por anos de consumo de álcool, no hospital de S. Luís. Uma pequena procissão funerária levou o corpo a enterrar no Cemitério dos Prazeres. Em 1988, por ocasião do centenário do seu nascimento, os seus restos mortais foram transladados para o Mosteiro dos Jerónimos em Belém. Em vida apenas publicou um livro em Português: o poema épico Mensagem, deixando um vasto espólio que ainda hoje não foi completamente analisado e publicado.

COMENTÁRIO DO BLASÉ

Fez, no passado dia 13, 120 anos sobre o nascimento de Fernando Pessoa, considerado a par de Camões, o maior poeta da lingua portuguesa.

O mais universalizado e comentado dos poetas portugueses desde Camões, o mais influente, o mais lido.

Num país normal, que não é o caso deste, o dia seria comemorado com poupa e circuntância. Neste, obscuro e velho armário (usando uma terminologia Queiroziana), foi apenas mais um dia rotineiro que se passou, com umas pequenas manisfestações sobre o maior poeta português.

Felicitar a Casa Fernando Pessoa que, debatendo-se com falta de verbas, (pois que interessa a cultura a este país) fez sem dúvida o que melhor estava ao seu alcance, presentando-nos, inclusivé, com a distribuição de um inédito de Fernando Pessoa no Jornal "O público". Felicitar também Jornal por se ter associado a este evento.

É claro que estas coisas da cultura pelos vistos para este país são uma chatice, e muito mais agora, quando a selecção está em alta, no euro 2008. E o que o Povo quer é bola, bola senhores. Como alguém disse um dia: " O futebol e o ópio do povo", e assim sendo, quem manda dá futebol ao povo, até porque não lhes convém muito que o Povo seja muito culto...

A Câmara de Lisboa lá colocou uma estátua(que há 4 anos estava fechada num qualquer armazém) em frente à casa onde Fernando Pessoa nasceu, para não se dizer que nada fez!

E Fernando Pessoa é o mais universalizado e comentado dos poetas portugueses desde Camões, o mais influente, o mais lido.

Agora imagine-se que não era...

Nada melhor que terminar como uma citação de Fernando Pessoa, que já tinha colocado no blogue, mas que se aplica na perfeição.

"Se fosse preciso usar de uma só palavra para com ela definir o estado presente da mentalidade portuguesa, a palavra seria «provincianismo»
(...)
Para o provincianismo há só uma terapeutica: é saber que ele existe. O provincianismo vive da inconsciência; de nos supormos civilizados quando o não somos
".

Fernando Pessoa, O caso mental Português

quinta-feira, 12 de junho de 2008

TROCA DE SERINGAS NAS PRISÕES


SUSPEITA DE BOICOTE NA TROCA DE SERINGAS NAS CADEIAS.

Jornal de Notícias


Instituto da droga propõe reformulação do programa, nomeadamente com recurso a maquinas automáticas.


O Presidente do Instituto da Droga e da Toxicodependência (IDT), João Goulão, criticou o modelo que introduziu o regime de troca de seringas nas cadeias e admite que a reformulação do sistema pode passar pela instalação de máquinas.


As dúvidas de João Goulão em relação aos resultados da aplicação do programa de troca de seringas (ainda provisórios, mas que já indicam ter havido uma procura residual por parte dos reclusos) baseiam-se nos facto de não ser possivel acreditar "infelizmente" que não há presos dependentes de drogas injectaveis.


" Como não acredito nessa realidade, só posso pensar que alguma coisa falhou no desenho desse programa ou que foi boicotada a sua aplicação prática", afirmou, ontém na comissão parlamentar de saúde, o presidente do IDT, que admitiu aguardar pela avaliação em curso, cujos resultados serão divulgados no final deste mês. e esse boicote, referiu aos jornalistas, "começou pelos guardas prisionais, ainda antes da aplicação do programa"

(...)

Ana Paula Correia, in JN, 12/06/2008


PRESIDENTE DO IDT ADMITE FALHANÇO DO PROGRAMA DE TROCA DE SERINGAS NAS PRISÕES


Público

O presidente do instituto da droga e toxicodependência (IDT), João Goulão, reconheceu ontém, na Assembleia da República, que o programa de troca de seringas nas prisões falhou. A falta de confiança dos reclusos e o boicote dos guardas prisionais podem estar na origem da fraca adesão ao programa, disse goulão, que espera ainda por um relatório de avaliação.
(...)


Sofia Rodrigues, in Público, 12/06/2008


Comentários do BLASÉ


Realmente este país anda mesmo doido. Eu pensava que ja tinha visto tudo e que já nada me surpreendia, mas afinal ainda há coisas que me surpreendem. Como as declarações do dr. João Goulão ontém na Assembleia da República.


A problemática da troca de seringas em meio prisional levanta um conjunto de interrogações legais, morais e éticas, sobre as quais não nos vamos pronunciar. Apenas pretendemos comentar as declarações do presidente do IDT.


O despacho conjunto nº 72/2006 nomeou o grupo de trabalho que estudou esta problemática e que decidiu a implementação dos programas de troca de seringas em meio prisional(tal qual existem neste momento) apresentando-os como a solução das soluções para a redução de danos dos consuimidores em meio prisional.


Fomos ver quem fazia parte desse grupo de trabalho, e entre outros consta o seguinte nome: João Augusto Castel-Branco Goulão, Presidente do Conselho de Administração do Instituto da Droga e da Toxicodependência.


"O presidente do Instituto da Droga e Toxicodependência (IDT), João Goulão, criticou o modelo que introduziu o regime de troca de seringas nas cadeias e admite que a reformulação do sistema pode passar pela instalação de máquinas automáticas"


Ainda bem que ele (o Dr. Goulão) fez parte do grupo de trabalho que decidiu a implementação dos programas de troca de seringas em meio prisional, se não imagine-se lá o que ele diria...


Mas o Dr. João Goulão continua sem perceber, ou não quer perceber, porque é que os programas falharam. Então o mais facil e passar a responsabilidade para os outros, neste caso para os Guardas Prisionais, que como ele diz, "boicotaram os programas antes da sua aplicação".


O Dr. Goulão é um homem de dogmas profundos, não acredita na possibilidade de existirem presos não dependentes de drogas injectaveis.


Para ele todos os presos, ou a sua maioria, são uns consumidores desenfreados de drogas injectaveis;


Também não acredita na mudança de paradigma dos consumos, referida em varios relatórios e por varios especialistas na matéria;


E pelos vistos também não acredita que os presos não queriam e não querem seringas nas prisões, como alias ficou bem patente aquando da aprovação da Lei, e que por exemplo, os reclusos de Paços de Ferreira ameaçaram com providências cautelares, e fizeram um abaixo assinado contra a implementação de tais programas.


E em vez de querer sacudir a agua do capote, e passar a pseudo responsabilidade para os Guardas Prisionais, o Dr. Goulão deveria ter admitido ontem, isso sim, que se enganou nos estabelecimentos prisionais que selecionou para a implementação de tais programas.


E mais, escolher O EPL de Lisboa é um escândalo e só desmoraliza quem tem feito um excelente trabalho no combate à toxicodependência nessa prisão, com resultados notaveis. Mas pelos vistos isso não interessa ao Dr. Goulão;


O Dr. Goulão também tem de perceber, de uma vez por todas, que não resulta copiar modelos de outros países, porque estamos a falar de realidades culturais, socias, etc diferentes;


O Dr. Goulão também deveria ter percebido que um dos problemas para este fracasso foi o facto de a discussão desta problemática ter sido ideológica e não científica, e quando assim é, e infelizmente é muitas vezes em Portugal, os resultados são estes...


Já agora, Dr. Goulão, pode-nos eclarecer quanto se gastou, do nosso dinheiro, nesse flop!!! E quanto, mais, tenciona gastar com a possivel reformulação do programa.


Dr. Goulão, é altura de nos deixarmos de romantismos e ideologias nestas questões que tanto sofrimento provocam às pessoas.

FEIRA DO LIVRO


Parabens a APEL por mais uma feira do livro.


Aproveitei este este Domingo e Segunda para la ir, e como sempre, adquirir mais uns livros, que nunca são demais.


Algumas coisas antigas que se descobrem nestas ocasiões, e algumas publicações recentes, de tudo um pouco.


Recomendo vivamente uma visita à Feira do Livro que termina a 15 de Junho.


E não há razão para se dizer que é caro ler, pois encontram-se livros a todos os preços, há livros a 1 euro, por isso só não lê quem não quer.


Uma vez mais Parabéns APEL por mais esta organização. Ja estou a espera da do proximo ano.