quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Sr. Constâncio, por favor, DEMITA-SE


Nos últimos tempos, o país viveu dois problemas ligados ao sector bancário. Primeiro foi o caso Millenium BCP e agora o caso BPN.

Não vamos aqui falar sobre os casos em apreço, se foram cometidas irregularidades ou crimes financeiros, deixamos isso para quem tem essa competência.

Queremos apenas referir-nos ao Banco de Portugal, especialmente ao Sr. Constâncio. Em ambos os casos os Sr. Constâncio nada sabia do que se estava a passar, mas não será ele o Presidente do Banco de Portugal, órgão regulador no sistema financeiro Português?

Como pode o Presidente do Banco de Portugal nada saber? Segundo a imprensa o caso BPN já vem desde 2001/02. Para os menos esclarecidos é só ouvir os jornalistas dizerem “ que toda a gente Sabia do que se passava, até o porteiro”. Que “ vários administradores se demitiram e se recusaram assinar as contas”.

Diz que só soube de alguns factos em Julho/Setembro. O banco central de Cabo Verde vem dizer que avisou em Março de situações menos claras com o Banco Insular, de Cabo Verde.

Pelo que tem vindo na imprensa a relação com o Banco Insular, era de um empréstimo de vários milhões de euros, aliás empréstimo esse que deve estar na informação enviada ao Banco de Portugal, mas ninguém do órgão regulador achou tal facto estranho, e questionou o que significava aquele empréstimo.

E claro, o Sr. Constâncio de nada sabia e, como no caso anterior, foi o último a saber. Faz lembrar aqueles maridos traídos que são sempre os últimos a saber.

O Sr. Constâncio é só um péssimo Presidente do Banco de Portugal, e ainda por cima pago a peso de ouro, com os nossos impostos.

Ao Sr. Constâncio só resta uma saída, assim tenha estatura para isso: “ A DEMISSÃO”.

Termino uma vez mais com as sábias palavras do Professor Adriano Moreira, em 19 de Junho de 1969,que já aqui as escrevi a propósito de outra situação: “ Numa Administração Pública onde a culpa morreu solteira há-de ser fácil encontrar palavras piedosas, mas poucos voluntários para as responsabilidades. Estou à disposição. Não tenho qualquer obstáculo a opor no sentido de assumir todas as responsabilidades e culpas que sejam convenientes para uma solução satisfatória.”


Tão esquecidos que andam os sábios neste país.

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