quinta-feira, 23 de abril de 2009

MUDEI DE CASA

Apesar da crise económico financeira que afecta o mundo, e acho que também, um bocadinho, Portugal, mudei de casa.
A nova morada é a seguinte:

Espero que gostem e, que, continuem a visitar me.
Obrigado

quarta-feira, 22 de abril de 2009

PEDIDO DE DESCULPAS

Queria pedir desculpas a Portugal por: gostar de trabalhar; por pensar; por ser adepto a meritocracia; por ser sincero e honesto; por ser leal; por não trocar princípios por conveniências; por não me vender por lugares; por defender a criminalização do enriquecimento ilícito.

segunda-feira, 20 de abril de 2009

A PROPÓSITO DAS ELEIÇÕES

"As emoções são o meio através do qual o nosso cérebro codifica as coisas de valor, e uma marca que seja capaz de nos envolver emocionalmente- irá sempre sair a ganhar".
Martin Lindstrom
Não nos esqueçamos que os Partidos Políticos são MARCAS. Aguardemos para ver qual, dos partidos, envolverá emocionalmente os Portugueses. A seguir com atenção.

segunda-feira, 13 de abril de 2009

Convergência de esquerda para Lisboa???!!!

Realizou-se hoje, em Lisboa, uma conferência de imprensa, apelando a uma coligação, contra natura, para a câmara Municipal de Lisboa, uma espécie de albergue espanhol, onde cabe tudo o que seja de esquerda (PS, PCP;BE e demais organizações de esquerda, seja lá o que isto significa).

Três ou quatro, conclusões, a tirar deste filme requentado, cuja estreia foi em 2001.
  • Pedro Santana Lopes está com grande dinâmica de vitória; Só assim se percebe esta agitação da esquerda;

  • António Costa não serve, segundo esta equipa de realização, para Presidente de Câmara de Lisboa;

  • Esta é a maior crítica, feita até hoje, a este Executivo Municipal, se não atente, o leitor nesta pérola: “uma “convergência de esforços e de programa que permita a eleição de uma equipa que dê garantias de rigor, transparência, responsabilidade e empenho no desenvolvimento equilibrado da cidade”.

  • Não esqueçamos que deste executivo, também, faz parte o BE, com o Zé, com ou sem confiança política, ele(s) são a muleta deste executivo.

Perante isto:

António Costa não precisa de oposição.

E Santana terá, pelos vistos, que se preocupar com o PCP.

sábado, 11 de abril de 2009

Lei do segredo de Estado espera há 15 anos por uma comissão

O jornal Público faz, hoje, manchete com esse título; diz-nos que o PS e PSD não se entenderam  e que a  lei pode caducar no fim da legislatura.

A história conta-se em poucas linhas:

Em 1994 é criada a lei do segredo de estado que previa uma comissão de fiscalização, que nunca funcionou, apesar de terem sido escolhidos os membros;

Em 2008 foram aprovados, na generalidade, dois projectos, um do PS outro do PSD, mas os mesmos ainda se encontram em apreciação parlamentar, na Comissão de Assuntos Constitucionais;

E vejamos as explicações Par(a)lamentares:

Pelo PSD Mota Amaral:  "não tem havido" oportunidade para os contactos com os socialistas. (1 ano sem oportunidade para contactos!!!!)

Pelo PS, o arauto, Vitalino Canas: Admitiu tratar-se de um "tema delicado", que é preciso cuidado a tratá-lo por levantar "questões sensíveis, tanto políticas como de Estado.

Duas belas explicações "para boi dormir".

Quanto aos projectos apresentados em 2008, pelos vistos, as diferenças entre os dois projectos não são grandes, divergem apenas  na composição da Comissão. 

O PS pretende que seja constituída por 3 Parlamentares: o Presidente do Parlamento e dois deputados, em representação dos dois maiores partidos;

O PSD sugere que o Presidente da Comissão fosse um deputado, convidado pelo Presidente da Assembleia.

Como dizia, Eça de Queiroz: "Não, não! Com estas divergências tão profundas é impossível a conciliação dos partidos!

Mas registe-se uma semelhança: 

"Mudança da natureza da comissão, que deixa de ser uma entidade administrativa independente, presidida por um juiz."

Sim que isso de comissões independentes, presididas por um Juiz,  é uma modernice para países desenvolvidos e, não, para o indígena.

Em suma: Afinal há mais casos como o da Provedoria de Justiça, em que os meninos não se entendem. Estes casos  retratam bem o "estado da arte"  a que chegou este país. E quando os meninos não se entendem, alguém terá de intervir para solucionar esses problemas, sob pena de se chegar a um ponto de não retorno. 

sexta-feira, 10 de abril de 2009

1ª ANIVERSÁRIO

https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjqbDrVpami9KqI4_MD_nllV5X3TXMPKySUr_2ubErmbvAUySmLzJBb1dYo3ovML0kPtfJhDp_iu5yW8WYn88Tu9frxv2IFnw9QcrTwm-1gwinFiweBvoA2VMeJgCzprt42D0iBr9oOly30/s400/1_aniversario_blog.jpg

Faz hoje 1 ano que criei este blog. Ao longo deste período tenho tentado que se mantenha actualizado, umas vezes mais que outras, dependendo de várias variáveis, como a disponibilidade, a inspiração, a vontade, o estado de espírito, etc etc.
Mantém-se fiel à frase inicial de Ortega e Gasset, "A massa arrasa tudo o que é diferente, egrégio, individual, qualificado e selecto. Quem não for como toda a gente, quem não pensar como toda a gente, corre o risco de ser eliminado".
Não quero ser como toda a gente, nem quero pensar como toda a gente, não me revejo em carneiradas, castradoras da liberdade de pensamento, não me revejo numa sociedade de yes men, não me revejo numa sociedade onde é proibido pensar e dizer aquilo que se pensa, não quero fazer parte do PASTAR (Utilizando a expressão de Seth Godin).
Quanto ao risco que corro, ser eliminado, é o risco da liberdade. Assumo esse risco.

Um muito obrigado a todos os que, durante este ano, passaram por este simples blogue, comentaram, leram etc, Espero, muito sinceramente, que continuem a passar por cá.

Ui, que grande Polémica !!!!

Com o aproximar dos actos eleitorais, 7 de Junho é já o primeiro, os partidos políticos começaram a montar as estruturas de propaganda política, vulgo outdoors.

Como sempre, e como sabe quem já lidou com esta situação, surgem uns pequenos "conflitos" entre partidos políticos, e várias entidades(câmaras Municipais, Estradas de Portugal, Administrações Portuárias, etc etc) relativamente a esta situação. "Conflitos" esses que decorrem de diferentes interpretações da Lei e, por vezes até, desconhecimento da mesma, mas que se resolvem sem grandes alaridos. Mesmo os mais complicados que possam surgir, resolvem-se com tranquilidade, e sem alarido público.

Agora, transformar essas situações em questões de política nacional, é um exagero e demonstra bem o vazio deste país. Passando os olhos por alguns Jornais de hoje comprova-se isso mesmo.

A importante questão nacional dos Outdoors, tem honras de paginas inteiras em diversos jornais, e a questão do enriquecimento ilícito nem sequer é mencionada, nesses mesmos jornais, porque o que é importante, para o indígena, é saber se o zé tem razão ou não.

Como já dizia Eça de Queiroz:

“Nestes estados de civilização, ruidosos e ocos, tudo deriva da vaidade, tudo tende à vaidade. E a forma nova de vaidade para o civilizado consiste em ter o seu rico nome impresso no jornal, a sua rica pessoa comentada no jornal! «Vir no jornal» eis hoje a impaciente aspiração e a recompensa suprema.

(…)
Nas nossas democracias a ânsia da maioria dos mortais é alcançar em sete linhas o louvor do jornal”.

In, Correspondência de Fradique Mendes

quinta-feira, 9 de abril de 2009

Lista do PS ao Parlamento Europeu

Já é conhecida a lista do Partido Socialista ao Parlamento Europeu. Apenas uma nota sobre dois nomes que a integram.

Elisa Ferreira e Ana Gomes, duas candidatas a câmaras municipais, Porto e Sintra.

Parece-me que não é sério e demonstra uma falta de respeito perante o eleitores. E a questão que se coloca é: Se perderem as eleições, para a respectiva Câmara Municipal, assumem o lugar de vereadoras ou vão, antes, até Bruxelas?

São atitudes como estas que em nada dignificam a política e, apenas, contribuem para o seu descrédito.

Depois, não se admirem com a opinião que a população tem da classe política.

segunda-feira, 6 de abril de 2009

As grandes Obras Públicas - Prós e Contras

Prós e Contras, dedicado às grandes obras públicas projectadas para este país.

É confrangedor ouvir alguns iluminados falarem destes assuntos, e falarem de milhões e milhões que serão pagos por gerações futuras, como se estivessem a falar de copos de água.

O país atravessa uma situação crítica, muito critica: Endividamento Externo - 100% - e a crescer 10%  ao ano.

Exemplo simples para se perceber: imagine-se que uma família ganha 1000 euros por mês e, mal recebe esses 1000 euros, vão direitinhos para pagar dívida, fica com zero(o). E para o ano essa dívida passa a ser 1100 euros, e assim sucessivamente.

Assim se encontra o país.

Perante este cenário crítico, temos iluminados a defenderem grandes projectos de investimento público que vão agravar a Balança Corrente, i.e, que vão contribuir para o aumento das nossas importações, uma vez que quase tudo do que precisaremos para o TGV, por exemplo, será importado.

"Se um país vive com déficit da Balança Corrente (importar mais do que exporta), está a usar mais produto do que produz e obtém a diferença através de empréstimos do estrangeiro. Um país, tal como uma família, a restrição de longo prazo sobre o consumo e o investimento é a quantidade de produto que pode ser produzida. Assim, um país, como uma família, poderá usar mais do que produz no curto prazo(financiado a diferença através de empréstimos) mas não a longo prazo".( Moss, A, David: Economia para todos, academia do Livro, 2009)

Ora Portugal vive em situação de défice (estrutural) há muito anos.

Por isso quando os iluminados dizem que, os países da Europa estão a apostar no investimento público, seria interessante que esses iluminados dissessem que esses países não vivem em situação de défices estruturais, e que o seu endividamento externo não é de 100% e a crescer 10% ao ano.

Depois ouvir, o Dr. José Reis, defender que "o Investimento Público é crucial para Portugal." 

Eu diria que, o que é crucial para Portugal, é o investimento Privado. Aliás é este investimento que produz riqueza e desenvolvimento dos países, e representa 80% do investimento mundial.

Por isso quando, Portugal e os iluminados, perceberem que a solução para o país é o Investimento Directo Estrangeiro, que implica "refundar" este país, ou seja, implica que não tenhamos os níveis de burocracia que temos, implica que não tenhamos a morosidade da justiça que temos, implica que não tenhamos a carga fiscal que temos, etc, etc, talvez nessa altura consigamos aumentar as exportações e diminuir as nossas importações, equilibrar a Balança de Pagamentos,  e consigamos desenvolver este país, à semelhança do que outros países fizeram.

Tudo o resto é mandar areia para os olhos dos portugueses. É enganar os Portugueses.

E já agora, a lógica dos grandes investimentos está mais que ultrapassada. Priviligia-se, agora, os pequenos investimentos de proximidade. Aliás esta é, até, a logica do Banco Mundial há vários anos. Mas Portugal, pelos vistos, anda sempre em contra circulo.

Enriquecimento ilícito

A questão do enriquecemento ilícito voltou, e bem, à ordem do dia. Todos nós conhecemos casos de pessoas, que de um dia para o outro, ficam ricas, sem que os seus rendimentos justificam tal qualidade.
Já ouvi, para aí, uns iluminados/as referirem que tal proposta é contrária à Constituição da República Portuguesa. Muito bem. A solução é simples: ALTERE-SE A CONSTITUIÇÃO.
Esperemos que, aqueles que não querem, nem lhes convém, criminalizar o enriquecimento ilícito, não se agarrem à CRP para nada fazerem.
Quanto a sugestões para o combate à corrupção, recomendo a leitura do seguinte texto, publicado no blogue marginalidadesvf, uma vez que não sou especialista sobre a matéria.

sábado, 4 de abril de 2009

Possíveis soluções para a crise


Não, não tenho a solução para a crise que assola o mundo, antes tivesse, pois estaria milionário, a viver num qualquer país tropical.

Apenas apresentar duas correntes, ao nível macroeconómico, que podem ser seguidas para se sair da crise.

E apresentá-las em nome da verdade, porque não existe apenas a teoria do Investimento público que o nosso PM tanto gosta, mas que existem outras.

Seria bom que, alguém, explicasse isso aos Portugueses.

Aumentos no trabalho; aumentos no capital e aumentos na eficiência com a qual estes dois factores são utilizados, são os três factores de crescimento económico apontados economistas.

A quantidade de trabalho pode aumentar se os trabalhadores existentes trabalharem mais horas ou se a força de trabalho for alargada através de novas admissões;

O Capital fixo aumenta quando as empresas melhoram a sua capacidade produtiva acrescentando mais área de produção e mais equipamento (através do investimento);

A eficiência aumenta quando os produtores são capazes de obter mais produto a partir da mesma quantidade de trabalho e capital – por exemplo, devido a uma inovação organizacional.

Os Economistas do lado da oferta – Um dos métodos favoritos dos apoiantes da oferta, nos EUA ,é a redução de impostos. Os argumentos utilizados são:

Impostos mais baixos permitem ao sector privado conservar uma maior parcela daquilo que ganha, ou seja, um alívio nos impostos concede aos cidadãos um incentivo forte para trabalharem mais horas (aumentando trabalho), para pouparem e investirem mais do seu rendimento (aumento do capital) e para dedicarem mais atenção a todos os tipos de inovações (aumento da eficiência)

Outros economistas, de entre os quais, vários fora dos EUA, argumentam o oposto – que o Investimento público (infra-estruturas, educação e em I&D) poderá ser a melhor estratégia de aumentar o capital fixo, valorizar a força de trabalho e promover a inovação, sendo a melhor forma de estimular o crescimento económico a longo prazo.

Como vemos existem, pelo menos, duas correntes relativas ao crescimento económico, não apenas a do investimento público tão apreciada pelo nosso PM.

Mas quanto a isto, apenas algumas notas: O PM, cada vez que se refere à estratégia do investimento público, como a melhor solução para recuperarmos da crise, refere-se sempre ao Prof. Paul Krugman, como sendo um dos grandes defensores dessa estratégia.

Se é verdade que, o Prof. Krugmam, é um defensor do investimento público como solução, certamente defende, essa solução, para países com situações de contas públicas normalizadas, estabilizadas e não para países com défices estruturais, como é o caso de Portugal, ou seja, países com níveis de endividamento brutais como é o nosso caso. Seria o mesmo que, um médico, dizer a um doente com cancro no Pulmão que continuasse a fumar.

Só assim se percebe a seguinte frase do Prof. Paul Krugman, em relação à crise de 1982, na América Latina: “ … Os Governos ( ...) mediante programas populistas para os quais não dispunham de recursos financeiros (...) recorriam quer a empréstimos concedidos por banqueiros estrangeiros pouco consciencioso, acabando por ocasionar uma crise na Balança de Pagamentos e cair no incumprimento (…)”

Os argumentos em que se baseia o nosso PM, também como refere o Prof. Krugmam( em relação à crise do México de 1993), "foram retirados directamente dos manuais escolares. Por uma mera questão de contabilidade, a Balança de Pagamentos está sempre equilibrada: isto é, cada compra que um país faz ao estrangeiro deve ser contrabalançada com uma venda de valor equivalente ( Os estudantes de economia sabem que existe uma pequena ressalva técnica a fazer a esta afirmação e que se prende com as transferência unilaterais…)"

Recomenda-se ao nosso PM a leitura, atenta, dos escritos do Prof. Krugmam