sexta-feira, 22 de agosto de 2008

O PAÍS - PETER PAN -


Agora que os jogos olímpicos estão a terminar, façamos um pequeno balanço e analise do que se passou em relação à comitiva portuguesa.

As expectativas da comitiva portuguesa eram altas, era a maior delegação de sempre, e a mais cara de sempre, 15 milhões de euros;

O Comité Olímpico de Português assinou contrato programa com o Governo que apontava para 4 medalhas e 60 pontos;

Resultados: Portugal vai ficar muito longe dos objectivos que fixou, apenas conquistou 2 medalhas.

Mas como se isto não bastasse ainda fomos presenteados, pelo meio, com declarações hilariantes de alguns dos nossos representantes;

Marco Fortes, declarou à imprensa portuguesa: "Eu já me convenci que, de manhã, no meu caso, só é bom para ficar na caminha.”

Jessica Augusto, revelou que não iria participar nos 5000 mil metros dizendo “nada vale a pena, dada a forte concorrência africana”

Arnaldo Abrantes, justificou a sua eliminação nos 200 metros “porque ficou bloqueado quando viu o estádio olímpico cheio”

Vânia silva, eliminada no lançamento do Martelo disse: “ Não sou muito dada a este tipo de competições”

Perante tudo isto, o presidente do Comité Olímpico Português, Vicente Moura, assumiu que não se recandidataria ao cargo, afirmando que “ a culpa não pode morrer solteira

«É preciso assumir as responsabilidades que estão escritas numa carta que enviei ao governo. O governo cumpriu e ao cumprir não tenho críticas a fazer. Se não tenho críticas a fazer, tenho que assumir as responsabilidades». Declarações de Vicente Moura.

Mas, neste país que teima em não crescer, o que hoje é verdade amanhã é mentira, e Vicente Moura, após a medalha de Ouro de Nelson Évora, dá o dito pelo não dito e admite recandidatar-se novamente ao cargo de presidente do COP.

Pelos vistos a culpa vai mesmo morrer solteira na boa tradição portuguesa.

Recordo para terminar palavras proferidas pelo Professor Adriano Moreira, em 19 de Junho de 1969, numa Assembleia Geral de Alunos “ Numa Administração Pública onde a culpa morreu solteira há-de ser fácil encontrar palavras piedosas, mas poucos voluntários para as responsabilidades. Estou à disposição. Não tenho qualquer obstáculo a opor no sentido de assumir todas as responsabilidades e culpas que sejam convenientes para uma solução satisfatória.”


Estas palavras foram proferidas a 19 de Junho de 1969. No dia 22, sem qualquer aviso prévio, o Professor Adriano Moreira, foi demitido.


Recomendamos a Leitura ao Presidente do COP, Vicente Moura, e a muitas mais pessoas com responsabilidades neste país, talvez deixe de ser PETER PAN!!!!

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