segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Cavaco critica leis irreais e utópicas




"É importante, quando se legisla, que se oiça aqueles que conhecem a realidade. A legislação deve ser feita para o País em concreto, que é o nosso, e não para utopias"

Cavaco Silva

Comentário do Blasé

Finalmente alguém, neste país, começa a dizer o que tem de ser dito com todas as palavras. Infelizmente, grande parte, se não, a maioria das leis feitas são utópicas e bem "copiadas" de outras realidades que nada têm a ver com a nossa.

Aliás o que mais se costuma ouvir nessas alturas é: "Porque nos países, A, B, C existe"; "Porque os países, D e F já aprovaram", etc etc.

Muitos abrem a boca com estas palavras, mas poucos desses leram o que realmente se passa nos países que gostam de citar, numa de uma intelectualidade balofa.

Dois exemplos para ilustrar a realidade:

1) A famosa lei que ficou conhecida como " a lei da pílula do dia seguinte".

Decorria o ano de 1999, 2000 quando se inicia a discussão sobre essa problemática. E um dos grandes argumentos era o seguinte: " Portugal é o segundo país da UE com maior taxa de gravidez na adolescência"

E lá estava no discurso da intelectualidade balofa, os tais argumentos, de que o país A, B, C já tinham aprovado a pílula do dia seguinte; Que a mesma já estava à venda nos países D, E, F etc.

Aprovou-se a lei, passados 9 anos qual é o resultado: Portugal continua a ser o segundo país da UE com a maior taxa de gravidez na adolescência.

2) Lei da troca de seringas em meio prisional.

Esta aprovada mais recentemente. Estava aqui a solução para todos os males da toxicodependência nas prisões, era a caixa de pandora.

E uma vez mais, a intelectualidade balofa vinha com os argumentos, "nos países A, B, C existe"; Os países D, E e F já aprovaram". Pena é que depois poucos, tenham lido alguma coisa sobre as realidades desses países.

Mas, uma vez mais, essa intelectualidade aprovou a lei, resultado: Nenhum preso aderiu ao programa de troca de seringas em meio prisional. La estão as seringas, pagas com o dinheiro dos nossos impostos, encaixotadas.

Apenas deixamos aqui estes dois exemplos, mas muitos mais poderíamos aqui colocar, para se provar a veracidade das palavras do Presidente da República.

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