segunda-feira, 19 de maio de 2008

Por favor, extingam a ASAE e mandem o Sr. António Nunes para a Sibéria!!!

Imagem: www.asae.pt
Vergonhoso, revoltante, repugnante.

São estas, entre outras, as qualificações para mais uma acção da tão falada ASAE, que decidiu visitar instituições de solidariedade social, e do alto da sua arrogância exige que: “as cozinhas tenham os mesmos requisitos que as de um restaurante, proíbe as instituições de aceitar alimentos dados pelas populações e deita fora toda a comida congelada em arcas normais”. Outra da exigência é “ a existência de um túnel de congelação”.

Alegam estas almas inteligentes, que tal facto se deve a um regulamento comunitário. Lendo as noticia que foram publicadas sobre o assunto, verificamos que tal não é consensual pois para Ana Soeiro, antiga responsável pela divisão de promoção de produtos de qualidade no Ministério da Agricultura defende” as instituições de solidariedade social não estão obrigadas a cumprir os regulamentos comunitários de higiene”

O jurista Mário Frota, Presidente da associação portuguesa do direito do consumo tem dúvidas quanto à interpretação que os iluminados da ASAE fazem do dito regulamento.

Mas para o Sr. António Nunes, pelos vistos o supra sumo da inteligência, não há duvida alguma e aplica-se o tal regulamento, sem dó nem piedade.
Em termos comparativos seria o mesmo que, chegar ao pé dos clubes de futebol dos escalões distritais e obrigá-los a cumprir os requisitos dos clubes da Primeira divisão.

é altura de alguém, Governo, pôr o Sr. António Nunes, no seu devido lugar, que é como quem diz, na RUA. Este Senhor, já deu mais que provas que não cumpre os mínimos olímpicos para o desempenho deste cargo, que é pago com o dinheiro de todos nós, incluindo de muitos dos que têm de recorrer a instituições de solidariedade social para satisfazerem as suas necessidades alimentares, e que não o puderam fazer porque o Sr. António Nunes decidiu mandar a comida para o canil, ainda segundo testemunhos, sem sequer serem analisados.

Basta o olho clínico destas supremas inteligências da ASAE. Quais laboratórios da policia cientifica…


a) O Sr. António Nunes desconhecerá a realidade da pobreza em Portugal, nem certamente saberá o que isso é. Mas como estamos sempre a aprender podemos-lhe arranjar uma visita guiada;

b) O Sr. António Nunes, preferirá que as pessoas procurem comida nos caixotes do lixo (como infelizmente já vimos em reportagens televisivas) do que irem alimentar-se às instituições de solidariedade social; Certamente dirá, aí os produtos não estão congelados!!!

c) O Sr. António Nunes desconhecerá o que são Instituições de Solidariedade Social, o seu funcionamento, as suas dificuldades, nem sequer sonhará a importância que têm na sociedade;

d) O Sr. António Nunes não saberá que essas instituições vivem, como sempre viveram de donativos, quer monetários quer alimentares;

e) Será que o Sr. António Nunes também tem, em sua casa, um túnel de congelação?

f) O Sr. António Nunes pôs em causa a rede de solidariedade dos portugueses, ou seja, eu e milhares de portugueses costumamos contribuir para as diversas campanhas de recolha de alimentos, mas será que, a partir de agora, vale a pena? É que pode aparecer o Sr. António Nunes e mandar a comida toda para o canil.

Se todos os Portugueses ganhassem, e tivessem as regalias do Sr. António Nunes, não seriam precisas instituições de solidariedade social, nem nenhum português passaria fome.

Lanço-lhe um desafio:

Torne público quanto é que os Portugueses lhe pagam, vencimentos mais regalias, sim porque somos nós que lhe pagamos com os nossos impostos o seu vencimento.

O Sr. António Nunes já nos presenteou com os seguintes exemplos, entre outros:

a) Maravilhosos espectáculos televisivos das actuações da ASAE ao melhor estilo do que se passa em Hollywood. Aliás este ponto mereceria cuidada análise jurídico

b) No dia 1 de Janeiro de 2008, dia em que entrou em vigor a lei anti tabaco, apanhado a fumar no casino; (mais do que saber se era espaço para fumadores ou não, registamos o exemplo.)

c) Enganou-nos em relação ao plano que fixa metas para os inspectores atingirem este ano concretizadas em número de detenções, suspensões e contra-ordenações. Começou por dizer que esse documento não existia, acabando por confirmar a existência de tal documento, acrescentado que tal documento não tem legitimidade (sem comentários);

d) Segundo notícias públicas, em edifício da ASAE existiam extintores fora de prazo; Desgraçado do português que tivesse a infelicidade de a ASAE o fiscalizar e detectar extintores fora de prazo;

e) O Sr. António Nunes e a Instituição a que preside deve fiscalizar, também, o cumprimento da lei do tabaco. Ora o Sr. Primeiro-ministro e o Ministro da Economia fumaram a bordo de um avião da TAP onde não é permitido.

Sr. António Nunes, o que tem a dizer aos portugueses sobre este assunto. Já aplicou a coima aos dois? Ou será que tem medo de aplicar coimas aos seus chefes…


Perante tudo isto só existem duas hipóteses:

a) Ou se demite
b) Ou é demitido
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P.S) É óbvio que ninguém é contra o facto de existirem normas de segurança e higiene alimentar, agora o que também é óbvio é que ninguém está disposto a aturar a falta de bom senso reinante nessa instituição.
Pena que não haja bom senso à venda, pois teria todo o gosto em encabeçar um movimento de angariação de bom senso para dar a essa instituição, todavia teríamos de por aí um túnel de congelação, pois seria necessário angariar bom senso em quantidade industrial, não fosse aparecer alguém a fiscalizar!!!
JÁ AGORA, ALGUÉM ME ESCLARECE QUEM FISCALIZA A ASAE E O SR. ANTÓNIO NUNES!!!!

1 comentário:

Anónimo disse...

"O excesso de um grande bem torna-se um mal muito grande".
Jean-Pierre Florian (escritor francês de fábulas)

A fiscalização é uma actividade importante. Deve ser exercida de forma discreta, sistemática, regular, com bom senso e precaução, garantindo a segurança e dando confiança aos consumidores. A confiança cria valor, estimulando a actividade económica. A actuação da ASAE, pelo contrário, tem sido espalhafatosa e mediática, criando desconfiança nos consumidores e medo nos proprietários de estabelecimentos, destruindo, neste sentido, valor.

Mas a culpa não é só da ASAE, é também dos legisladores. Os legisladores portugueses gabam-se de fazerem leis iguais às mais avançadas da Europa, esquecendo que estas vão ser aplicadas num dos menos avançados países do continente.