Meu caro Ramalho
(...)
E simplesmente o que eu quero fazer, é dar um grande choque eléctrico ao enorme porco adormecido(refiro-me à pátria). você dirá:
Qual choque! oh, ingénuo! o porco dorme: podes-lhe dar quantos choques quiseres, com livros, que o porco há-de dormir. O destino mantém-no na sonolência, e murmura-lhe: « Dorme, dorme, meu porco!»
Perfeitamente: mas eu estou-lhe a dizer o que pretendo fazer - e não o que o país fará: naturalmente continuará a dormir: veremos.
Eça de Queiroz, Newcastle, 10 Novembro de 1878
Sem comentários:
Enviar um comentário