A maioria PS na Assembleia Legislativa dos Açores impediu, terça-feira à noite, o aumento da idade mínima permitida para o consumo de bebidas alcoólicas, que o PSD pretendia passar de 16 para 18 anos.
A proposta dos sociais-democratas integrava um pacote legislativo de combate ao alcoolismo juvenil, que determinava a aplicação de sanções e restrições no acesso ao álcool por parte dos mais novos mas a decisão da bancada da maioria acabou por "desvirtuar" o diploma.
O pacote legislativo acabou por ser aprovado por unanimidade, embora com as alterações impostas pelos socialistas, que entendem não existirem estudos que "comprovem a necessidade de aumentar as restrições" ao consumo junto dos mais novos.
José Rego, de bancada socialista, explicou, na ocasião, que o diploma do PSD era "importante" mas que o seu partido não via necessidade de aumentar dos 16 para os 18 anos a idade limite para o consumo de álcool.
José Manuel Bolieiro, do PSD, lamentou que os socialistas tenham mudado de opinião desde a apresentação deste diploma no Parlamento, em Março, criticando o facto dos socialistas não apresentarem "argumentos válidos" para alterar a proposta inicial.
O PSD também pretendia fixar um limite mínimo de 200 metros, para a instalação de bares e cafés junto a estabelecimentos escolares mas o PS decidiu também reduzir essa proibição para apenas 100 metros, alegando a pequena dimensão de muitas localidades açorianas.
Recorde-se que o PSD já fez aprovar no Parlamento, em sessões legislativas anteriores, outros diplomas relacionados com o combate ao alcoolismo, um dos quais determina a redução da taxa de alcoolemia no sangue para determinadas categorias de condutores, de 0,5 gramas para 0,3 gramas por litro de sangue.
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quinta-feira, 8 de maio de 2008
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1 comentário:
Será que é por haver uma lei que restringe a venda e consumo a menores de x idade, que deixa de haver excessos de consumo e mesmo alcoolismo (que são realidades diferentes) antes desse limite de idade?
Se assim fosse, hoje em dia, os miúdos com menos de 16 anos não consumiam. Com uma saída à noite comprovas como o argumento não é sustentável.
Onde estão as campanhas de educação e sensibilização eficazes para este flagelo, que foi reconhecido pela Organização Mundial de Saúde como doença em 1967?
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